IMPOSTO DE RENDA

Reforma do imposto de renda 2026: Entenda as mudanças propostas

O governo federal enviou ao Congresso Nacional, nessa terça-feira (18), um projeto de reforma do Imposto de Renda (IR), com um impacto estimado de R$ 25,84 bilhões para os cofres públicos em 2026. A proposta prevê o aumento da faixa de isenção do IR para R$ 5 mil, financiado pela taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que recebem mais de R$ 50 mil por mês. Além disso, o governo também propõe tributar a remessa de dividendos para o exterior, independentemente do valor, mas apenas quando destinados a cidadãos estrangeiros.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o objetivo da reforma é promover justiça social, redistribuindo a carga tributária sem aumentar ou reduzir a arrecadação, mas garantindo que as famílias de menor renda possam ter um alívio financeiro.

Aumento da isenção e descontos parciais

Se aprovada, a reforma começará a valer em 2026. O governo propõe aumentar a isenção do IR para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, além de conceder um desconto progressivo para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

A tabela de IR ficaria assim a partir do próximo ano:

Renda mensalDescontoImposto sem descontoImposto final a pagar
R$ 5.000100%R$ 312,89R$ 0
R$ 5.50075%R$ 436,79R$ 202,13
R$ 6.00050%R$ 574,29R$ 417,85
R$ 6.50025%R$ 711,79R$ 633,57
R$ 7.0000%R$ 849,29R$ 849,29

Acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva será aplicada normalmente, o que significa que quem ganha mais terá impostos de acordo com sua faixa de renda. Hoje, a isenção do IR só vale para quem ganha até R$ 2.259,20.

A cobrança sobre as altas rendas

A reforma também propõe a tributação das rendas mais altas, atingindo cerca de 0,13% dos contribuintes e 0,06% da população. Essas pessoas, que hoje pagam uma alíquota efetiva média de 2,54%, começarão a pagar mais, com uma alíquota progressiva que pode chegar a 10% para quem ganha mais de R$ 100 mil mensais.

Tributação sobre dividendos e remessas ao exterior

A proposta inclui a tributação dos dividendos, que são atualmente isentos, a partir de R$ 50 mil mensais, com uma alíquota de 10% de IR retido na fonte. A remessa de dividendos ao exterior também será tributada da mesma forma, mas apenas para pessoas e empresas domiciliadas fora do Brasil.

O governo garante que a carga tributária total, considerando o imposto pago pela empresa e pela pessoa física, não ultrapassará 34% para empresas não financeiras e 45% para empresas financeiras. Caso esse limite seja excedido, haverá restituição ou crédito no ajuste anual de imposto de renda.

Impacto para trabalhadores com carteira assinada e informais

Para os trabalhadores formais, que já têm o IR descontado na fonte, a reforma não trará grandes mudanças. Se um trabalhador com uma alta renda já pagou uma alíquota de IRPF, ele só terá que pagar a diferença até atingir a alíquota final de 10%. Trabalhadores informais ou que recebem por meio de Pix não serão afetados, desde que seus rendimentos sejam tributados na fonte.

Conclusão

A reforma do Imposto de Renda visa tornar o sistema tributário mais justo, com maior alívio para quem ganha menos e maior contribuição dos que têm rendimentos mais altos. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, mas, se aprovado, trará alívio para muitas famílias de baixa renda, enquanto busca uma distribuição mais equilibrada da carga tributária no país.

Fonte: MSN

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