O senador Rogério Marinho (PL) não votou favorável a Medida Provisória 1.300/2025 que ampliou a faixa de isenção da tarifa social da energia elétrica que já beneficiou mais de 60 milhões de brasileiros, incluindo 113 mil famílias potiguares.
Rogério optou por ser abster, embora tenha um tom crítico a proposta. “Nós estamos falando de um custo de R$ 4,5 bilhões (…). Nós estamos falando de uma CDE [Conta de Desenvolvimento Energético] que deve ultrapassar agora os R$ 50 bilhões de subsídios de um sistema que é um frankenstein, com mais um puxadinho. É muito fácil ficar na zona de conforto, é muito fácil só votar, é muito fácil ceder a uma situação em que você pode ser confrontado, como se você, por ter responsabilidade, fosse um adversário da sociedade brasileira. Não. O que nós temos de ter aqui é uma preocupação com as contas públicas do país, porque, quando a represa estoura, bate nos peitos, quem é abraçado, infelizmente, é a população mais vulnerável do país, que eles dizem defender”, justificou.
Rogério se juntou a outros bolsonaristas como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Girão (Novo-CE) que abstiveram. Outros três senadores votaram contra: Sergio Moro (UB-PR), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Carlos Viana (Podemos-MG).
Entre os deputados do RN só os bolsonaristas General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, votaram contra.
O texto aprovado garante isenção total da conta de luz para famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), desde que o consumo dessas famílias seja de até 80 quilowatts-hora (kWh) por mês. Hoje, a tarifa social concede descontos parciais — entre 10% e 65% — para consumo mensal de até 220 kWh.