Política Pública

Inclusão não é favor, é um direito!

Por Dávida Oliveira*

Total absurdo estamos vivenciando na realidade, o descaso com a saúde para o acesso as terapias, filas intermináveis, a falta de profissionais técnicos e especializados para o acompanhamento do aluno com deficiência, e ao invés de encontramos uma política de acesso e inclusiva, nos deparamos com a possibilidade de uma PL ser aprovada, retificando a violação do direito a um aluno com deficiência em se ter um profissional de educação especializado, para promover a sua aprendizagem, a sua potencialização e o direito de se desenvolver sendo estimulado de forma assertiva com os recursos pedagógicos que o desenvolva.

Uma PL que vai na contramão da Educação Especial, da Lei Berenice Piana 12.764/12 quando dispõe em seu parágrafo único: Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2º, terá direito a acompanhante especializado.

Na contramão do Estatuto da Pessoa com Deficiência, o que a comunidade atípica precisa são de políticas ativas e efetivas, mas ainda de acesso de forma digna que garanta a qualidade de vida do filho de uma mãe atípica.

Em vésperas do mês de abril, encontrar uma PL com teor que está, nos entristece! Mês de conscientização do autismo visa justamente trazer discussões que consolide os direitos das pessoas com autismo, o seu direito de existir e ser quem é, o seu direito a terapia, a escola, o seu direito de acessar todos os serviços da sociedade.

*É mãe atípica e diretora do Coletivo de Mães Atípicas de Mossoró.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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