O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do partido na Câmara, pediu nesta sexta-feira (11/7) a prisão preventiva do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A solicitação foi acompanhada da apresentação de novos elementos que, segundo Lindbergh, reforçam a gravidade das acusações.
“Esses novos eventos reforçam a gravidade das condutas já narradas na petição inaugural e indicam a persistência de possível atuação ilícita (…) com o fim de sabotar o funcionamento regular das instituições republicanas brasileiras, especialmente o Poder Judiciário”, escreveu o líder do PT em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura a suposta atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.
Para Lindbergh, as recentes alegações de Eduardo — que afirma manter contato com Donald Trump sobre “a realidade do Brasil” — configuram uma “campanha” que “culminou na ameaça real de sanções baseadas na Lei Magnitsky”, uma legislação dos Estados Unidos utilizada por parlamentares do Partido Republicano como “instrumento político de intimidação a agentes públicos brasileiros”.
Lindbergh citou ainda a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta por Trump, anunciada em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob o argumento de que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sofrendo perseguição por parte do Judiciário brasileiro.
Após a carta de Trump, Eduardo e o investigado na trama golpista Paulo Figueiredo — neto do último presidente da ditadura militar no Brasil — publicaram uma nota em que, de acordo com Lindbergh, “expressamente solicitam retaliações ao governo brasileiro, utilizando como justificativa a atuação do Supremo Tribunal Federal e, em especial, do ministro Alexandre de Moraes”.
Na publicação, Eduardo e Figueiredo defenderam “anistia ampla, geral e irrestrita”, seguida da criação de uma nova legislação que assegure a liberdade de expressão — especialmente nas redes sociais — e preveja a responsabilização de agentes públicos por abuso de autoridade. Segundo eles, tais medidas seriam necessárias para “evitar um desastre”, sob pena de “a situação (…) se agravar”.
Ao considerar que o parlamentar licenciado está atuando em um “plano sistemático de sabotagem diplomática e política”, Lindbergh solicitou ao Supremo:
- a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro;
- que o Itamaraty responda sobre o uso do passaporte diplomático pelo investigado;
- o bloqueio de bens e a proibição de transferências internacionais de valores oriundos do Brasil para contas de titularidade direta ou indireta de Eduardo;
- a apuração da regularidade de arrecadação via Pix e os indícios de desvio de finalidade na destinação dos recursos;
- a inserção das manifestações públicas de Eduardo nos autos do inquérito;
- e o prosseguimento das investigações.
*Com informações do Correio Braziliense
DESTE BLOG: Carlos Tresloucado é um Conspirador e traidor da Pátria