A vacina brasileira contra a Mpox, antiga varíola dos macacos, entra na última etapa de desenvolvimento. O imunizante feito pela Universidade Federal de Minas Gerais, produzida há dois anos, teve os processos acelerados após o alerta da Organização Mundial de Saúde para emergência global pelo vírus.
Dependendo dos resultados e da aprovação da Anvisa, a expectativa é que a vacina chegue até a população no segundo semestre do ano que vem. Karine Lourenço, pesquisadora da UFMG, aponta que é cedo dizer qual seria o público-alvo do imunizante.
“Mesmo sem saber qual seria o público, é importante dizer que a vacina é extremamente segura. Significa que, muito provavelmente, ela vai poder ser usada em indivíduos com um sistema imune comprometido, como pacientes com câncer, HIV, AIDS”, pontua.
Atualmente, há duas vacinas contra a Mpox, uma feita na Dinamarca e outra, nos Estados Unidos. No Brasil, a doença já teve 791 casos confirmados. Desde 2023, quando a Anvisa aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil recebeu 47 mil doses e aplicou 29 mil. Quem recebeu a vacina foram pessoas com HIV, profissionais de laboratório e quem teve contato com casos suspeitos do vírus.
O coordenador da pesquisa do imunizante brasileiro, Ricardo Gazzinelli, afirma que a vacina irá facilitar a vida dos brasileiros. “Poderemos atender a população brasileira sem viver os problemas que nós vivemos, como foi o caso da Covid-19, que as vacinas demoraram chegar no braço dos brasileiros”, pontua.