Blog do BG
A candidata a prefeita de Assu, Dra. Vanessa (UB), tem sido alvo de fortes críticas após a divulgação de peças de campanha em que utiliza pacientes atendidos por ela para autopromoção com objetivos eleitorais.
Médica de profissão, Vanessa desenvolveu propagandas com um forte apelo emocional, o que tem gerado polêmica e levantado questões éticas.
As peças de campanha, produzidas em estúdio de gravação, apresentam histórias de pacientes em situações clínicas delicadas, acompanhadas de cenas onde a candidata aparece chorando, ao som de trilhas musicais emotivas. A intenção de comover o público, entretanto, foi vista como excessivamente apelativa e artificial por muitos eleitores e críticos.
Especialistas apontam que tal estratégia não só compromete a integridade da campanha como pode configurar uma violação de conduta ética profissional. A exposição de procedimentos e históricos médicos, que são assuntos privados e confidenciais dos pacientes, levanta questionamentos sobre o respeito à privacidade e aos direitos subjetivos dos envolvidos.
O Art. 104 do Código de Ética Médica estabelece que “É vedado ao médico expor a figura do paciente, mesmo com autorização do paciente ou do seu responsável legal, em qualquer mídia, de modo a que ela possa ser identificada quando essa exposição for indigna ou sensacionalista”.
Para além disso, a sociedade tem mostrado rejeição a campanhas eleitorais que se baseiam em apelos emocionais exagerados, práticas que podem ser vistas como abusivas.
A candidata Dra. Vanessa, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas e denúncias.
A repercussão negativa da propaganda pode impactar significativamente a candidatura de Vanessa, que terá que lidar com as consequências de suas escolhas.
Em um momento onde a transparência e a ética são cada vez mais valorizadas pelo eleitorado, a utilização de métodos apelativos, ao invés de conquistarem, podem afastar o apoio do eleitorado.
O episódio serve como um alerta a todos os candidatos sobre a importância de manter campanhas eleitorais dentro dos parâmetros éticos e legais, priorizando propostas concretas e respeitando a privacidade e os direitos dos cidadãos.