Política

Ocupação de bolsonaristas na Câmara é continuidade da tentativa de golpe, diz deputada Natália Bonavides

Bolsonarismo “usa da violência para acirras tensões” diante da melhora nos índices de avaliação do Governo Lula, defende a deputada

DEPUTADA NATÁLIA BONAVIDES

A deputada federal Natália Bonavides (PT) afirmou que a ocupação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, promovida nesta semana por bolsonaristas, é a continuidade da tentativa de golpe que, segundo ela, começou após as eleições de 2022. Em publicação nas redes sociais nesta sexta-feira 8, Natália escreveu que o Brasil está “sob grave ataque” e se manifestou mais uma vez contra a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

“O que vimos na Câmara esta semana não se tratou de procedimento de obstrução, mas, sim, o aprofundamento da escalada autoritária, a tentativa de dar continuidade ao golpe iniciado após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022”, afirmou Natália Bonavides.

Ainda segundo ela, o bolsonarismo “usa da violência para acirras tensões” diante da melhora nos índices de avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Desesperados com os resultados do Governo Lula, que tem melhorado a vida do povo, tirado o Brasil do mapa da fome e alcançado a menor taxa de desemprego da história, o bolsonarismo dissemina notícias falsas em massa e usa da violência para acirrar as tensões com os demais poderes e tentar emplacar a agenda derrotada nas urnas”, enfatizou a parlamentar.

De acordo com ela, o bolsonarismo deseja adotar uma pauta de “entreguismo e subserviência aos Estados Unidos, de privatizações das empresas públicas, de terrorismo comercial, de desemprego, fome e de impunidade aos golpistas e seus cúmplices”. “O Brasil está sob grave ataque e é fundamental que o povo ocupe as redes e as ruas em defesa da democracia e da nossa soberania”, complementou a deputada.

Ela disse também que a posição do PT é de não fechar nenhum acordo com a direita em prol do avanço do projeto da anistia. “E a PEC da Blindagem é parte do projeto da extrema direita para subjugar o STF e garantir a impunidade de parlamentares que cometem crimes”, disse ela, sobre a proposta que busca acabar com o foro privilegiado – uma estratégia para tirar processos como o da tentativa de golpe do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entenda

Nessa semana, entre a tarde de terça-feira e a noite de quarta-feira, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados foi ocupada por um grupo de parlamentares da oposição. Ao longo de 36 horas, os deputados se sentaram na cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para impedir o regular funcionamento do Legislativo. O motim aconteceu depois que o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por descumprimento de medidas cautelares impostas no processo da tentativa de golpe – em que ele é réu.

Segundo a oposição, a manifestação só seria encerrada com um acordo para o avanço de pautas como a anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023, o impeachment de Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado. A manifestação foi encerrada por volta das 22h20, quando Hugo Motta tomou seu assento na Câmara.

Em discurso aos parlamentares, ele declarou: “Nós não podemos negociar a nossa democracia e aquilo para essa casa é o sentimento maior dessa casa, que é termos a capacidade de dialogar, fazermos os enfrentamentos necessários e deixarmos a maioria se estabelecer. E penso que nesta casa mora a construção dessas soluções para o nosso país, que tem que estar sempre em primeiro lugar, e não deixarmos que projetos individuais, projetos pessoais ou até projetos eleitorais possam estar à frente daquilo que é maior do que todos nós, que é o nosso povo, que é a nossa população, que tanto precisa das nossas decisões”, declarou Motta.

Agora RN

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