Dos 99 prefeitos potiguares aptos a reeleição, 89 tentaram continuar no cargo. No domingo, 78 deles conseguiram a reeleição. Uma taxa de sucesso de 88%. O levantamento é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Isso faz com que 47% dos municípios potiguares estejam com prefeitos reeleitos.
Os potiguares também escolheram 86 gestores de primeiro mandato, maioria em cidades em que o prefeito já estava reeleito desde 2020.
O Rio Grande do Norte ficou acima da média nacional nos dois casos. Em nível nacional a taxa de sucesso é de 82% para quem tentou a reeleição enquanto 44% dos municípios tiveram prefeitos reeleitos.
Essa é a maior taxa de reeleição da história brasileira em eleições municipais.
“A queda de candidaturas aliada à alta taxa de reeleição sugere que a população não optou por mudanças significativas no comando das cidades”, afirma o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Historicamente, o percentual sempre esteve em torno de 60%, com exceção do ano de 2016, que – marcado por uma profunda crise política e econômica – apresentou uma taxa de sucesso de 49%. Quando se considera o total de candidatos eleitos e não somente os sujeitos à reeleição, o percentual de candidatos reeleitos foi de 44%.
No atual estudo da série são apresentados os resultados do 1º turno das eleições municipais de 2024. De acordo com os dados levantados pela CNM junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 5.471 prefeitos eleitos, 46 eleitos sub judice (dois deles no RN- Souza em Areia Branca e Canindé Justino em Lagoa Salgada), que é quando a justiça determinará se o candidato poderá assumir o cargo –, e ainda há 52 disputas de segundo turno.
Emendas pix x “recall”
Um dos pontos cruciais para que a taxa de reeleição fosse tão alta em todo o país foram as chamadas emendas pix em que deputados federais e senadores robusteceram os orçamentos municipais com recursos sem lastro para fiscalização.
Já nos poucos casos de renovação há o peso do “recall” que favoreceu o retorno de ex-gestores bem avaliados como foi o caso de Jaime Calado (PSD) que impediu a reeleição de Eralso Paiva (PT) em São Gonçalo do Amarante, quarto maior município do Rio Grande do Norte.