Concurso público

Medida inovadora de equidade de gênero garante 57,12% de mulheres classificadas para a segunda fase

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgaram nessa quarta-feira (12/11) os resultados da primeira etapa da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2).

Ao todo, 42.499 pessoas candidatas, sendo 24.275 mulheres (57,12%) e 18.217 homens (42,86%), foram aprovadas e classificadas para a segunda fase do concurso e serão convocadas para a realização da prova discursiva, marcada para o dia 7 de dezembro.

Além disso, o CPNU 2 teve pessoas aprovadas para a segunda fase de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, e também em todas as modalidades de cotas (pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas). Isso reforça o compromisso do governo federal em criar, por meio do modelo inovador de seleção unificada, um serviço público com a cara do Brasil.

As pessoas candidatas já podem acessar no endereço https://conhecimento.fgv.br/cpnu2 os gabaritos definitivos das provas objetivas; as respostas aos recursos contra os gabaritos preliminares das provas objetivas; os espelhos do seu próprio cartão-resposta; os resultados individuais definitivos na prova objetiva; as listas de classificação de todos os cargos; e a tabela com as notas mínimas para classificação em cada cargo.

Situação na Prova Objetiva

Nos resultados, as pessoas candidatas saberão sua situação na prova objetiva, conforme abaixo:

Aprovada e Classificada: A pessoa alcançou os acertos mínimos previstos no edital e também atingiu a nota mínima necessária para ser classificada para a próxima fase. Essa pessoa será convocada para a segunda fase em edital específico a ser publicado no DOU.

Aprovada e não-classificada: A pessoa alcançou os acertos mínimos previstos no edital, mas não atingiu a nota mínima necessária para ser classificada para a próxima fase. É importante esclarecer que cada cargo tem uma nota mínima necessária geral, e também a nota mínima necessária em cada modalidade das cotas, e a nota mínima para a equiparação de mulheres.

Eliminada: A pessoa não alcançou os acertos mínimos previstos no edital.

Equidade de Gênero

O MGI adotou no CPNU 2 ação afirmativa voltada à equidade de gênero para garantir que, quando o percentual de mulheres classificadas para a segunda fase (em qualquer cargo) fosse inferior a 50%, houvesse uma equiparação no número de mulheres convocadas em relação ao número de homens, desde que elas tivessem alcançado o número mínimo de acertos. O modelo foi inspirado em experiências anteriores como o concurso para diplomata do Ministério das Relações Exteriores.

Desse modo, do total de 42.499 pessoas candidatas aprovadas para a segunda fase do concurso, 24.275 são mulheres (57,12%) e 18.217 homens (42,86%), após a aplicação da medida de equiparação por cargo. Sem a medida afirmativa, esse percentual seria de 50.6% de homens e 49.4% de mulheres no total, mas muito distinta em cargos que atraem uma proporção maior de homens.

É importante ressaltar que todos os homens que alcançaram a nota mínima em cada cargo foram classificados e serão convocados para a segunda etapa. A diferença, com a medida, é que mais mulheres foram chamadas com o objetivo de equilibrar o número de homens e mulheres fazendo a prova discursiva em cada cargo e em cada modalidade. A equiparação numérica foi aplicada nos casos em que a proporção de mulheres era menor do que 50%.

No cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa do bloco 7, por exemplo, antes da equiparação seriam 888 mulheres classificadas e 1.490 homens,. Com a medida, os 1.490 homens permanecem classificados, mas foram chamadas 731 mulheres a mais para garantir a equiparação na disputa da segunda fase. Todas as empatadas com a nota mínima necessária entre as mulheres serão convocadas para fazer as provas discursivas.

A medida de equiparação busca corrigir uma distorção observada no CPNU 1, quando as mulheres foram maioria nas inscrições (56%) e presença significativa na prova (54%), mas apenas 37% das aprovações finais. “É uma forma de mitigar desigualdades estruturais que dificultam o acesso das mulheres, especialmente aquelas com dupla ou tripla jornada”, explicou a ministra da gestão, Esther Dweck, na coletiva de lançamento do CPNU 2.

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